CBS, IS e IBS: Quando os novos impostos começam a valer?

A Reforma Tributária está introduzindo três novos tributos no Brasil: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que substituirá o ICMS e o ISS; a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que substituirá o PIS e a Cofins; e o Imposto Seletivo (IS), apelidado de “imposto do pecado”, que incidirá sobre produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.

Inspirados no modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA), esses novos tributos unificam encargos para simplificar a arrecadação e tornar o sistema tributário mais eficiente.

Quando esses impostos começam a valer?

O IBS e a CBS começam a ser implementados em 2026, com um período de transição que se estenderá até 2033. Dessa forma, a mudança não será abrupta, permitindo um tempo adequado de adaptação para empresas e contadores.

Já o IS, o famoso “imposto do pecado”, entrará em vigor em 2027, sendo totalmente implementado até 2033. Durante esse período, os tributos antigos serão gradualmente eliminados.

Quais serão os impactos?

Os novos impostos da Reforma Tributária trarão impactos significativos para as empresas, especialmente em áreas como fluxo de caixa, precificação e competitividade.

Com a introdução do modelo de IVA, os créditos tributários poderão ser compensados de forma mais simples, reduzindo a incidência cumulativa de impostos. No entanto, isso exigirá adaptações nos sistemas contábeis e financeiros das empresas.

Outro ponto importante é a cobrança de impostos no destino, e não na origem, o que pode gerar variações nas alíquotas conforme o estado de destino do consumo. Essa mudança pode afetar o planejamento financeiro e a previsão de fluxo de caixa das empresas.

Além disso, a precificação dos produtos poderá ser alterada, uma vez que os impostos serão destacados separadamente no preço final. Isso impactará a percepção de valor dos consumidores e exigirá ajustes estratégicos por parte das empresas.

Outro efeito relevante é a perda de incentivos fiscais estaduais. Muitos estados utilizam benefícios fiscais para atrair empresas, mas com a reforma, esses incentivos serão reduzidos ou extintos. Consequentemente, algumas empresas poderão considerar realocar suas operações para regiões com melhor infraestrutura e menor custo operacional, impactando a distribuição das atividades econômicas no país.

Como os impostos pagos pelas empresas vão mudar?

As empresas contarão com um sistema tributário mais claro e uniforme, eliminando os impostos cumulativos. O IBS e a CBS permitirão a compensação de créditos ao longo da cadeia produtiva, reduzindo a carga tributária para muitos negócios que antes enfrentavam bitributação.

Os impostos vão ficar mais caros ou mais baratos?

A carga tributária estimada com a reforma é de 26,5%, sendo 17,7% para o IBS e 8,8% para a CBS. O impacto varia de acordo com o setor:

  • Setor de serviços: Os impostos poderão ficar mais altos, já que atualmente esse setor paga menos tributos sobre consumo.
  • Setor industrial: Pode haver uma pequena redução na carga tributária, tornando-se mais competitivo.
  • Produtos sujeitos ao IS: O Imposto Seletivo aumentará os custos de itens específicos, como cigarros, bebidas alcoólicas e produtos que prejudicam o meio ambiente.

Apesar dessas variações, a expectativa geral é que a reforma mantenha a carga tributária próxima aos níveis atuais, com redistribuição dos encargos entre os setores da economia.


Com todas essas mudanças no horizonte, é essencial que as empresas se preparem com antecedência para evitar impactos negativos na gestão financeira e tributária. A Tributarie está pronta para ajudar sua empresa a navegar nesse novo cenário, garantindo conformidade e eficiência na transição para o novo sistema tributário.

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